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Língua e realidade (1963)
1963, Flusser's first book Língua e Realidade [Language and Reality] is published by Editôra Herder São Paulo. “In it, the thesis is put forward that language is not only (in the Wittgensteinian sense) a map of reality, but that it sets up a feedback between itself and reality - and not only ontologically and epistemologically, but above all aesthetically. This has not been merely worked out speculatively, but experienced in one's own practice.” […] As a result of the publication of Língua e Realidade Flusser is appointed lecturer in communication theory at the University of São Paulo (USP).1)
In contrast to his later books and publications, Flusser provides a bibliography of the titles used in each chapter at the end of the concluding section. At the end of the book there is a fold-out map with two explanatory diagrams.2)
description
“Language and reality is one of the most instigating essays written in Portuguese language and, at the same time, one of the first philosophical books with a modern approach to language. Vilém Flusser joins Ludwig Wittgenstein's linguistic theory with Edmund Husserl's phenomenology to create his own method of phenomenological analysis of language, which allows him to capture language as a living element, capable of transforming the chaos of immediate data into the cosmos of words filled with meaning. However, the work is not strictly scientific, as it might seem at first sight. In a sophisticated way, it is structured in several layers, such as the poetic or the fictional, all entangled by a ludic lightness. Flusser thus shows himself to be not only a great thinker, but also an excellent writer, capable of creating a plastic, poetic and provocative work, which makes Language and Reality attractive and accessible to a wide audience of readers.”3)
contents
Prólogo – Introdução – I. A LÍNGUA É REALIDADE – 1. A língua percebida exteramente – 2. A língua percebida internamente – 3. Multiplicidade de línguas – 4. Da tradução – 5. Distribuição atual das línguas – 6. Línguas universais – 7. Limite da tradução – II. A LÍNGUA FORMA REALIDADE – 1. Tempo – 2. Atividade, passividade (subjetividade, objetividade) – 3. Substância – 4. Unididade, multiplicidade – 5. Causalidade – 6. O ser – 7. Potencialidade – 8. »Es« – 9. O português como instrumento de investigação – III. A LÍNGUA CRIA REALIDADE – 1. A conversação e conversa fiada – 2. Poesia e salada de palavras – 3. Oração e balbuciar – 4. Língua amplificada – a) Música – b) Plástica – 5. Civilização – IV. A LÍNGUA PROPAGA REALIDADE (HISTÓRIA, NATUREZA, CIVILIZAÇÃO) – V. CONCLUSÃO: A GRANDE CONVERSAÇÃO4)
Vilém Flusser, Língua e Realidade, Biblioteca Flusseriana, Annablume, São Paulo, 2012 at Bibliotecas Digitais UC Digitalis, URI:http://hdl.handle.net/10316.2/38330.
quotes
“Coerente com essa procura, o filósofo esboça já no seu pri meiro livro uma filosofia da língua, sabendo que essa filosofia não pode ser senão nebulosa. Esse caráter da filosofia não a tornava niilista, se não partia da suposição de que toda a verda de seria tão-somente uma ilusão linguística. Ao contrário disso, assumia já um filosofar resistente e insistente. Flusser afirmava que universo, conhecimento, verdade e realidade são aspectos linguísticos. Aquilo que nos vem por meio dos sentidos e que chamamos “realidade” é dado bruto, que se torna real apenas no contexto da língua, única criadora de realidade. No entanto, como as línguas, plurais, divergem na sua estrutura, divergem também as realidades criadas por elas.”5)
“Consistent with this quest, the philosopher sketches in his first book a philosophy of language, knowing that this philosophy can only be nebulous. This character of philosophy did not make it nihilistic, if it did not start from the assumption that all truth was merely a linguistic illusion. On the contrary, it already assumed a resistant and insistent philosophising. Flusser asserted that universe, knowledge, truth and reality are linguistic aspects. That which comes to us through the senses and which we call “reality” is raw data, which becomes real only in the context of language, the sole creator of reality. However, as languages, which are plural, diverge in their structure, so do the realities created by them.”6)
“Uma das ânsias fundamentais do espírito humano em sua tentativa de compreender, governar e modificar o mundo é descobrir uma ordem. Um mundo caótico seria incompreensível, portanto careceria de significado e seriaocioso querer governá-lo e modificá-lo. A própria existência humana não passaria de um dos elementos dos quais o caos se compõe, seria fútil. Um mundo caótico, embora concebível, é, portanto, insuportável.” 7)
“One of the fundamental yearnings of the human spirit in its attempt to understand, govern and change the world is to discover an order. A chaotic world would be incomprehensible, therefore it would lack meaning and it would be idle to want to govern and modify it. Human existence itself would be but one of the elements of which chaos is composed; it would be futile. A chaotic world, though conceivable, is therefore unbearable.” 8)
citation
Língua e Realidade, Herder, São Paulo, 1963; edition Biblioteca Flusseriana, Annablume, São Paulo, 2004, 20109), 2012